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Maputo
Para uma economia como a moçambicana, a escolha dos seus parceiros resulta fundamental, nomeadamente, quando esses parceiros são economias emergentes e localizadas no pólo asiático. Recentemente, Moçambique recebeu uma delegação de empresários de proveniência chinesa e indiana, no entanto, esta visita parece que não despertou o interesse do empresariado local.
Algo, que pessoalmente não entendo, porque estes dois países, China e Índia, estão a crescer a ritmos impressionantes, podem ser mercados interessantes para as exportações moçambicanas, principalmente, tendo em conta o perfil exportador de Moçambique. Estes dois países poderão ser destinos interessantes para as exportações moçambicanas porque não conhecem as mesmas restrições proteccionistas dos países ocidentais, nomeadamente, ao nível da política agrícola. É certo que o interesse destes países em Moçambique reside fundamentalmente na exploração dos seus recursos naturais, em particular, os minerais, que são muito necessários a estas economias para suster as grandes taxas de crescimento que têm evidenciado. Este interesse pode ser importante para o país se for acompanhado com o desenvolvimento de novas infra-estruturas, com o aumento de fluxos de capital para o país que permita um sistema financeiro mais concorrencial e competitivo, e por fim, se for também acompanhado com transferência de tecnologia e conhecimentos. Convém, não esquecer que Moçambique tem uma localização privilegiada, que lhe confere importância logística internacional, não só pela sua proximidade com a África do Sul, mas também por ser um ponto referencial das rotas marítimas comerciais com origem e destino para o espaço asiático. Portanto, parece-me que o país tem muito em ganhar em estimular e reforçar as relações económicas com os países emergentes asiáticos porque poderão ser eles no futuro a alavancar e a suster o crescimento económico moçambicano. Ricardo Amorim
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